Após o fim da ditadura militar, a violência civil cresce anualmente. Nos dias atuais acompanhamos com freqüência tiroteios em favelas, roubos a condomínios de luxo, assassinatos e tráfico de drogas. Em grande parte, a ganância e o egoísmo do homem permite a manutenção da insegurança.
Podemos caracterizar essa ganância, por um lado onde temos pessoas providas de riqueza e poder, que se preocupam com a violência apenas ao seu próprio redor; contratam seguranças particulares, compram carros blindados e alarmes entre outros equipamentos para a residência ficar protegida. Por outro lado, encontramos traficantes que dominam bairros, morros e favelas, oferecendo às pessoas que ali vivem, condições melhores que as oferecidas pelo governo que inclusive são previstas pela constituição federal. Como esses dois lados sobrevivem?
A população nada faz em relação aos governantes e poderosos e não denunciam os criminosos, parte por "estar "dependente de governantes ou criminosos, parte por temer a vingança dos criminosos, parte por descrença na polícia e parte por pura falta de espírito de mudança, o tão conhecido conformismo.
A polícia é vencida pela falta de investimento da administração pública ao mesmo tempo em que é vencida pelo grande "investimento" dos criminosos, leia-se propina.
Somos a grande estátua que protege a criminalidade quando nos conformamos à inadequada e morosa ação dos governantes quanto aos investimentos sociais focados na educação, emprego, moradia, lazer que devolveriam às pessoas a esperança e a credibilidade no trabalho, na escola, nas instituições do Estado, no futuro e nelas mesmas.
Somos a grande estátua que serve de escudo à criminalidade quando nos conformamos em ficar presos em nossas casas, em nosso mundo, em nosso egoísmo e em nossa comodidade, inertes e despreocupados com a liberdade daqueles que nos forçam a ser cada vez mais... estátuas.
quinta-feira, 16 de março de 2006
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